Eixos de transformação
A Fundação SM assume o desafio de melhorar a educação do futuro e compromete-se a aplicar, no âmbito da ética do cuidado, o relatório da UNESCO através das suas 5 propostas de transformação.
Pedagogia
Aprendemos para desenvolver capacidades individuais e coletivas que nos permitem transformar futuros mais justos e mais sustentáveis. Por isso, deve ser desenvolvida uma pedagogia cooperativa, inclusiva e solidária, orientada para:
1.
Promover a colaboração.
2.
Fomentar as capacidades intelectuais, sociais e morais dos estudantes.
3.
Orientar os estudantes a trabalharem juntos e transformarem o mundo com empatia e compaixão.
4.
Construir espaços de aprendizagem para os alunos.
5.
Ensinar a “desaprender”: Evitar a parcialidade, os preconceitos e as divisões.
6.
Implementar as capacidades dos alunos, dos professores, e de todo os funcionários da escola.
Currículo
Orientar a grade curricular para uma aprendizagem ecológica, intercultural e interdisciplinar.
As grades curriculares deveriam priorizar uma aprendizagem ecológica, intercultural e interdisciplinar que ajude os alunos a acessar e produzir conhecimentos, enquanto desenvolvem sua capacidade de criticá-los e aplicá-los. Para isto, é necessário fomentar atos individuais e coletivos de valor, liderança, resistência, criatividade e cuidado nos alunos.
O novo currículo baseado em um contrato social tem, dessa maneira, a capacidade de superar a discriminação, a marginalização e a exclusão, e garantir a igualdade de gênero e os direitos de todos.
Para isso é necessário:
1.
Compromisso a favor do diálogo social, do pensamento e da ação em conjunto. Promover a cidadania ativa e a participação democrática.
2.
Apelo à pesquisa e à inovação por meio de um programa colaborativo mundial.
3.
Garantir o direito à educação ao longo de toda a vida.
4.
Frear a difusão de informações falsas, reforçando a capacidade de distinguir a mentira da verdade.
5.
Impulsionar a aprendizagem horizontal e o intercâmbio global de conhecimentos.
6.
Aceitação das contribuições de todos: docentes, alunos, acadêmicos, centros de pesquisa, governos e organizações.
Equipe docente
Profissionalizar o ensino como um trabalho colaborativo no qual é reconhecido o papel dos professores como produtores de conhecimento e figuras-chave na transformação educacional e social.
O ensino deve continuar se profissionalizando como um trabalho colaborativo que deve ser realizado com trabalho em equipe.
Para isso é necessário:
1.
Maior reconhecimento da função dos professores como fonte de conhecimento.
2.
Destacar o papel dos educadores como figuras-chave da transformação educacional e social.
3.
Respaldar a autonomia do docente.
4.
Fomentar recursos que apoiem a colaboração e o trabalho em equipe dos professores.
5.
Promover a reflexão, a pesquisa e a criação de conhecimentos e de novas práticas pedagógicas como parte integrante do ensino.
6.
Promover a plena participação dos educadores no debate público e no diálogo sobre os futuros da educação.
Escola
Tornar as escolas lugares educacionais protegidos e protetores, que promovem a inclusão, a equidade e o bem-estar individual e coletivo.
As escolas devem ser lugares educacionais protegidos e protetores, já que promovem a inclusão, a equidade e o bem-estar individual e coletivo.
Para isso:
1.
Devem ter a capacidade de reunir grupos diversos de pessoas.
2.
Devem fomentar desafios e oportunidades que não existem em outros lugares.
3.
Tudo isso requer modificar não apenas arquiteturas, mas também espaços, horários e agrupamentos.
4.
O objetivo é incentivar e permitir o trabalho conjunto.
5.
As tecnologias digitais devem ter como objetivo apoiar as escolas, e não substituí-las.
6.
As escolas poderão, assim, ser um exemplo de sustentabilidade e neutralidade de carbono.
Aprendizagem contínua
Desfrutar e aproveitar ao máximo as oportunidades educacionais em diferentes espaços naturais, culturais e sociais, tanto físicos quanto virtuais, para a aprendizagem ao longo da vida.
Alguns dos desafios que enfrentamos incluem a desigualdade em nível mundial, as alterações climáticas aceleradas, a fragmentação social e o extremismo, entre outros.
Diante disso, os avanços na digitalização, na inteligência artificial e na biotecnologia representam um grande potencial, mas também levantam questões éticas e de governo. A inovação e a revolução tecnológica são implementadas de forma desigual no mundo e também levantam problemáticas e novos dilemas que devem ser abordados.
Para isso, devemos repensar urgentemente por que, como, o que, onde e quando aprendemos, e que as oportunidades educacionais devem ser oferecidas em diferentes espaços ao longo da vida para:
1.
Promover a cidadania ativa e a participação democrática.
2.
Apelar à pesquisa e à inovação por meio de um programa colaborativo mundial.
3.
Garantir o direito à educação ao longo de toda a vida.
4.
Facilitar a aprendizagem através de diferentes tipos de dados e formas de conhecimento.
5.
Oferecer oportunidades educacionais em diferentes ambientes naturais, culturais e sociais, tanto físicos quanto virtuais, aproveitando os avanços da digitalização.
6.
Fomentar a participação das universidades e outras instituições em todos os aspectos da criação de um novo contrato social para a educação. As universidades devem ser centros criativos, inovadores e comprometidos com o fortalecimento da educação como um patrimônio comum.